Xenobióticos, os tóxicos do meio ambiente

Metais pesados:

 

Alumínio (al)

E um mineral tóxico amplamente difundido no meio ambiente. Pode ser absorvido a nível gástrico (via oral), o através d0 olfato.

Fontes:
  • Panelas ( no cozimento de alimentos ácidos como o tomate e o ruibarbo se alcança a 170 mg por quilo, sendo o limite 20 mg /kg), utensílios, embalagens de comida.
  • Desodorantes e anti- transpirantes
  • Agua da torneira (Sulfato de alumínio é usado no tratamento da água)
  • Sal de cozinha (como anti-agregante).
  • Farinha branca de trigo
  • Antiácidos, aspirina
Efeitos tóxicos no organismo humano:
  • Consegue bloquear o metabolismo de Cálcio e Fósforo, e produzir osteomalacia (desmineralização esquelética por não poder fixar o cálcio e o fósforo sobre o tecido osteoide) e osteoporose.
  • Problemas de memória e aprendizagem.
  • Encefalopatías e desordens neurológicas : Demência senil ou Alzheimer. Inibe a produção de tetrahydrobiopterin, um co-factor essencial na formação dos neurotransmisores no cérebro. Alumínio aumenta a permeabilidade da barreira hemato encefálica permitindo o passagem de certos péptidos, moléculas xenobioticas e um aumento significativo de Cálcio no cérebro causando peroxidação lipida e também alterações eléctricas dos neurónios.
  • Nefrites e degeneração renal
  • Acumulasse no fígado e interfere na sua função.
  • Problemas artríticos
  • Tratamento e medidas de protecção:
  • Glicina:50 mg por peso do paciente por dia repartidos em 3. Remove o alumínio  do corpo.
  • Magnésio malate
  • EDTA (ethylennediamine)
  • Spirulina y chlorella

Cádmio (Cd)

Se absorve principalmente a través da respiração e um pouco a través da digestão (3 a 7%). Se acumula principalmente nos rins e no fígado (70%). A eliminação é principalmente urinaria é acessoriamente no suor, salivar, unhas e cabelos.

Fontes:
  • Baterias
  • Fertilizantes, fungicidas.
  • Anti-sépticos
  • Gasolina
  • Fumo de tabaco (16 a24 mcg por cigarro)
  • Plásticos
  • Pigmentos
  • Ostras e mariscos
  • Carnes, fígado e rins de animais tratados com vermífugo, ou alimentados com produtos de zonas industriais.
  • Refrigerantes e café instantâneo.
Efeitos tóxicos no organismo:
  • Distúrbios renais : Cd (5 a 15 mcg/g de creatinina)  provoca lesões tubulares impedindo reabsorção de proteínas (que transportam vitamina D e retinol), glucosa, e ácidos aminados. A evolução a uma nefropatía tubular intersticial é lenta e depois há uma insuficiência renal.
  • Hipertensão :  Cd elimina Zn nos rins (Zn ajuda a regular a pressão arterial)
  • Imunosupressão: Aumenta a susceptibilidade a infecções bacterianas e virais.
  • Retardo e desenvolvimento anormal do feto.
  • Predispõe a câncer bronco pulmonar e da próstata (também hipertrofia).
Tratamento e medidas de protecção:
  • Os alginatos (algas como kombu, wakame, nori)
  • Vitamina C
  • Zinc picolinato
  • Sélenium
  • DMSA (dimercaptosuccinic acid)

 

Chumbo (Pb)

Existem 2 tipos de intoxicação: A clássica, que pode ser  certamente fatal (dor abdominal intenso, vómitos, agitação, convulsão, paragem renal e colapso). A outra é a acumulação crónica de baixo nível, tanto profissional como ambiental. Desta última ocuparemos nos  em detalhar a sintomatologia e efeitos  biológicos na nossa saúde via absorção cutânea, pulmonar e digestiva.

Fontes:
  • Na atmosfera urbana : Fumaça da combustão de petróleo dos carros; fumo do carvão e do tabaco (10 a 20 microgramas / cigarro); incineradoras de plásticos e de madeiras cobertas com pinturas com chumbo;  poeira;
  • Jardins e campos agrícolas junto a estradas  de muito trafico, e terrenos adjacentes a fabricas de baterias.
  • Pintura a base de chumbo para interiores e exteriores
  • Agua da torneira canalizada em tubos de chumbo (sobretudo de águas ácidas e pouco calcarias)
  • Cerâmicas vidradas , recipientes de vidro (garrafas de vinho)
  • Conservas de lata em embalagens selados com chumbo.
  • Tintas para cabelo.
Efeitos tóxicos do chumbo no organismo humano:
  • Danifica o sistema imunitário: torna o indivíduo mais susceptível  as infecções.
    Problemas de aprendizagem (baixo QI), concentração e memória a curto tempo:  Pb bloqueia a enzima colinesterase.
  • Problemas mentais e do sistema nervoso: Astenia, insónia, irritabilidade,  hiper actividade infantil,  e depressão.
  • Perturbações da libido e espermatogénesis: Pb tem uma actividade toxica directa sobre o testículo, responsável de uma oligo-astenospermia, acompanhada de uma disfunção da testosterona.
  • Doenças cardíacas: A incidência da falta de Chromium na dieta refinada esta associada a problemas cardíacos. Chromium a parte de ser um factor de tolerância da glucose, e protector do HDL e  da toxicidade do chumbo.
  • Disfunção renal : Nefropatia Tubo-intersticial (a 80 a 85 microgramos /100 ml de sangre total) Oligúria, albuminúria, alto nível de ureia sanguínea, de acido úrico sérico, de creatinina sérica, de proteína na urina, quantidade anormal de leucócitos e hematites na urina. Hipertensão.
  • Anemia hemolitica e distúrbio na hematopoiesis : Devido a uma deformação ou destruição dos glóbulos vermelhos (eritrócitos) por Pb e déficit de vitamina C & E.
  • Indução o aborto, mal formação congénita e desarrolho mental defectivo.
Metabolismo do chumbo:
  • Pb armazena-se nos ossos (90%) sobre forma de trifosfato de onde é trocado por cálcio) isto é, a menos cálcio nos ossos mais chumbo.
  • Pb circula no sangue ligada a plasma proteica e os glóbulos vermelhos.
  • A eliminação faz-se a 80% a través do sistema urinário e minimamente no suor.
Tratamento e medidas de protecção:
  • Vitamina C.- Uma redução significativa na concentração do chumbo observa-se a nível hepático e sanguíneo com uma suplementação oral de 100 mg / kg durante 3 dias.
  • Zinco picolinate.-  Potencializa a eliminação de Pb em sinergia com Ca.
  • Cálcio e magnésio citrato
  • DMSA (Dimercaptosuccinic acid)
  • Complexo de Vitamina B (B1 e B6).-  B1 , a 75 mg / kg, aumenta a excreção de Pb a través da urina e da bílis.
  • Chromium
  • Vitamina D
  • Vitamina E & Selénio
  • Chlorella & Spirulina
  • Ácido alginico ou alginato de sódio
  • Ácidos aminados: N-acetil-cisteina, glicina, metionina.

 

Mercúrio (Hg)

Recentemente foram   reconhecidos  os efeitos adversos deste metal liquido em dosagem baixa (3 ug /100 ml de sangue).  Hoje em dia estamos mais expostos a este toxico a través do meio ambiente que no passado.

Fontes:
  • Sementes agrícolas e de jardinagem: Utilizam-se compostos com mercúrio inorgânico como fungicida. Se por erro se usa sementes de trigo ou outro cereal para pão, pode ser extremadamente tóxico.
  • Fabricas de plástico: Poluem os rios com mercúrio orgânico (methyl mercury sulphide and chloride). Foi o caso do desastre do rio Mimata (Japão), aonde uma parte da população que tinha ingerido peixes e mariscos contaminados, durante alguns meses, adoeceram com sintomas de tremores, confusão mental, paralisia . Houve muitos que acabaram por morrer e outros ficaram com danos irreparáveis do sistema nervoso central.
  • Amalgamas dentarias : Varias pesquisas demostram que o mercúrio das amalgamas podem suprimir os glóbulos brancos, portanto, a resposta do sistema imunitário. Foi demonstrado que vapores de mercúrio se desprendem das amalgamas mastigando alimentos quentes e salgados. As bactérias na boca podem metilatar o mercúrio tornando mais toxico ainda (100 vezes mais que na forma orgânica).
Efeitos tóxicos do mercúrio no organismo humano:
  • Urticária ou eczema na pele.
  • Problemas do sistema nervoso central: neurológicos (semelhante a esclerose múltipla), tremores da mão, língua e olhos
  • Problemas emocionais e sintomas mentais: irritabilidade, mudança de humor, medo, depressão ou estimulação sem motivo, falta de estima, apatia, perda de memória e concentração.
  • Hipertensão
  • Defeitos de nascença, ou mal formação congénita de crianças de mães expostas a metil mercúrio.
  • Problemas de gengivas: esponjosa e mole. Excessiva salivação.
  • Diminui Glutatião peroxidase e de SOD.
Tratamentos e medidas de protecção:
  • Selénio methioninate (em sinergia com Vitamina E).- A capacidade protectora do Se foi confirmada por muitas pesquisas de laboratório. O mecanismo esta relacionada com sua capacidade antioxidativa (methyl mercúrio causa peroxidação nos tecidos lipofilicos (cérebro, olhos)
  • Ácido alginico ou alginato de sódio.
  • Vitamina C & Flavanoides (Emblica officinalis)
  • Zinc picolinate
  • DMSA
  • PectaSol ® (pectina modificada)
  • Citrato de magnésio
  • Acidos aminados: Cisteína, N-acetil-cisteína (NAC), metionina (excelente chelador), glicina.
  • Chlorella, Spirulina,
  • Pectina da maçã.

 

 

  1. Levander, O.A et al (1980) Erythrocyte deformability as affected by vitamin E deficiency and Lead toxicity. In “Micronutrient interactions”. Annals of the New York Academy of science
  2. Satija, N.K. et al (1998) Lead induced disorders in hematopoietic and drug metabolising enzyme system and their protection by ascorbic acid. Biomed. Environ. 11(1): 7-14
  3. Tandon, S.K and Flora, SJ (1990) Beneficial effect of Zinc supplementation during chelation treatment of lead intoxication in rats. Toxicology 64 (2): 129-139
  4. Olkowski, A.A (1991) The effects of thiamine and EDTA on biliary and urinary lead excretion in Sheep. Toxicology Lett. 59 (1-3): 153-159
  5. Saad, ST et al (1998) Abnormal antioxidant system in erythrocytes of mercury-exposed workers. Human Exp. Toxicology 17 (4): 225-230
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